quarta-feira, 9 de março de 2011

ARTIGOS

São palavras que antepomos aos substantivos para dar um sentido determinado ou indeterminado. Indicam, ao mesmo tempo, o gênero e o número deles. Dividem-se em:

1 - DEFINIDOS
o, a os, as (determinam os substantivos, seres definidos)

2 - INDEFINIDOS
um, uma, uns, umas (os substantivos são indeterminados, seres indefinidos)

Observem o diálogo abaixo:
- Alô, Dona Elza? É Carlos.
- Desculpe, foi engano. A Elza não mora aqui.
- A senhora poderia me dar um número de telefone dela?
- Eu não sei.
- Obrigado.

Observem que quando Carlos ouve a mulher dizer: "A Elza não mora aqui" significa que ela conhece a Elza. E quando ele pergunta sobre um número de telefone, ele não sabe de onde será, mas precisa falar com ela.

Os artigos podem unir-se às preposições a, de, em e por, formando combinações e contrações antes de substantivos:

MASCULINOS
ao, aos, do, dos, no, nos, pelo, pelos, num, nuns

FEMININOS
à, às, da, das, na, nas, pela, pelas, numa, numas

Exemplos:
Procuro uma casa para morar. (uma casa qualquer)
Comprei a casa do meu amigo. (a casa já é conhecida)

Tive um pneu furado; perguntei a um guarda onde havia um borracheiro.
Consertei o pneu; agradeci ao guarda e paguei ao borracheiro.




- ALGUMAS SITUAÇÕES EM QUE VOCÊ DEVE USAR O ARTIGO

1) antes de qualquer substantivo comum: a cidade, o lápis, um giz, uma flor
2) antes de nomes de pessoas, na linguagem familiar, ou quando existe amizade íntima: o Fernando, a Renata
3) antes de nomes próprios de lugar: o Brasil, o Tocantins. Algumas exceções: Portugal, Sergipe, Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso, etc.
4) antes de nomes de mares, rios, montes e constelações: o oceano pacífico, o mar morto, o Amazonas, etc.
5) antes de nomes de cidade quando acompanhadas por modificador: a Roma dos Césares, a velha Lisboa, etc.
6) antes de nomes próprios de obras de arte: a Íliada, a Divina Comédia, Os Sertões, etc.
7) antes de nomes próprios de embarcações: o Barroso (navio), a Gustavo Sampaio (fragata), etc.

- ALGUMAS SITUAÇÕES EM QUE VOCÊ NÃO DEVE USAR O ARTIGO

1) antes de substantivo tomado indeterminadamente: Não vou a teatro
2) antes de nomes de pessoas célebres ou de personagens de romances: Machado de Assis é o maior nome da literatura brasileira.
3) antes de nomes de pessoas citadas por inteiro: Joaquim Loureiro Cruz era homem severo.
4) antes de nomes de cidades:Lisboa, Coimbra, São José do Rio Preto. Há exceções: o Porto, o Rio de Janeiro, o Cairo.
5) antes de nomes de parentescos modificados por possessivo: meu pai, minha tia, sua prima.
6) antes da palavra casa quando indica lar, residência própria de quem fala ou daquele a quem se faz referência: Fui a casa para buscar dinheiro.
7) antes da palavra terra, quando antônimo de bordo: Chegamos a terra depois de um breve cruzeiro pelo Pacífico.
8) antes da palavra palácio, quando significa gabinete de trabalho de chefe de governo: O governador despachou em palácio.
9) antes de pronomes de tratamento: Vossa Excelência está atrasado.
10) antes dos pronomes relativos cujo, cuja, cujos, cujas: Este é o pai cujo filho está servindo na Marinha.

- QUANDO VOCÊ DEVE REPETIR O ARTIGO

1) quando os termos são antônimos: o dia e a noite.
2) quando os elementos coordenados designam diferentes pessoas ou coisas: O governador e o secretário do Interior participaram da reunião extraordinária.
3) quando se quer dar ênfase aos elementos coordenados: O amor, a afetividade, os afagos - tudo nela era perfeito.
4) na distinção de gênero e número: o pai e as filhas

- O USO FACULTATIVO DO ARTIGO

1) Antigamente os nomes Europa, Ásia e África não eram acompanhados de artigo, Tais nomes, assim como os de alguns países, quais Espanha, França, Inglaterra, Escócia, Holanda e Flandres, podem vir desacompanhados de artigo, quando regidos de preposição. Assim: Vim de Europa ontem. Morei em Holanda muito tempo. Ela chegou de França há pouco. Estivemos em Éscócia o ano passado.
2) Não se tratando de nomes de parentesco, é facultativo o emprego do artigo antes de
possessivos. Assim, podemos usar: meu caderno (ou o meu caderno); minha amiga (ou a minha amiga), etc. No entanto, é comuníssimo no Brasil: o meu pai, a minha mãe, etc. Temos de convir, no entanto, que o uso do artigo, nestes casos, imprime afetividade à expressão.

Questões que tratam deste assunto:

Questão 11 da prova do CESPE - AGU (2010)

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